quinta-feira, 24 de novembro de 2022

 Pós processamento


Boa noite!

Na próxima abordagem em nosso canal https://www.youtube.com/@leonardosflor, vamos explicar de forma direta e prática como realizamos os procedimentos de reconstruções no ambiente de tomografia computadorizada.

Reconstrução multiplanar (MPR)



A reconstrução multiplanar (MPR) é uma das técnicas mais populares na tomografia. Quando lançada, representou um grande avanço na área, pois permite reconstruir imagens para outros planos a partir de uma única série.  Assim, os profissionais podem analisar o exame em diferentes cortes coronal, axial e sagital, mudar ângulos, aplicar filtros de reconstrução  e obter uma observação das estruturas de forma tridimensional.

O MPR geralmente é utilizado em conjunto com a projeção de intensidade máxima ou mínima (MIP/MINIP), uma técnica para aplicar atenuação de intensidade em estruturas com o objetivo de melhorar o diagnóstico. Pequenos vasos, bronquíolos e pontos de contrastes, por exemplo, podem ser realçados a partir do seu uso.

 Reconstrução em Terceira Dimensão

A reconstrução em terceira dimensão é uma técnica que projeta imagens em três dimensões através da aplicação  de um algoritmo que utiliza informações geométricas (x, y e z) de cada imagem capturada no exame. Esse método, no entanto, não se limita a projeções em diferentes níveis, permitindo também a análise volumétrica. Dessa forma, é possível reconstruir a partir de um único bloco de imagens, diferentes filamentos de um mesmo órgão, então dispostos em lâminas. O médico pode visualizar apenas sua área de interesse e remover da imagem o que não é necessário, como os ossos, por exemplo.

Com uso da reconstrução em terceira dimensão, os profissionais conseguem ver micro calcificações com facilidade, assim como partes moles de órgãos internos, situações que seriam mais difíceis de serem analisadas em outras formas de manipulação de imagens de tomografia. Trata-se, aliás, de um método bastante utilizado pelas instituições no planejamento cirúrgico, além de permitir a impressão 3D de produtos médicos, como próteses.

 Curved Planar Reformation (CPR)

CPR é uma técnica semelhante à MPR, porém com foco na análise de vasos. Estruturas vasculares de pequenos diâmetros, por exemplo, podem ser facilmente visualizadas pelos médicos. Isso porque toda a estrutura tubular capturada na TC é exibida numa única imagem e o profissional pode marcar pontos para planificar os vasos. Assim, anormalidades vasculares como estenoses, aneurismas e calcificações são mais bem investigadas em detalhes.

O método CPR também permite que o profissional rotacione o eixo central de um plano para gerar um novo conjunto de imagens para ser interpretado. Uma visualização abrangente de todo o lúmen vascular e uma imagem representativa é importante para fornecer um laudo mais assertivo.


terça-feira, 15 de novembro de 2022


 

Como é o mercado de trabalho para o profissional de radiologia?

Entender como é o mercado de trabalho em radiologia é importante para os estudantes interessados em atuar nessa área. O curso de radiologia, seja o técnico ou tecnólogo, possui grande aceitação entre os estudantes. Mas, será que o mercado é acessível para esses profissionais? Pensando nisso, reunimos informações sobre a graduação e a carreira do profissional de perfil tecnológico

O curso de Radiologia pode ser encontrado como tecnólogo ou técnico. O tecnólogo é uma graduação de ensino superior com duração média de três anos. O técnico em radiologia é um curso de nível médio que dura em média um ano e seis meses.

Os cursos preparam profissionais para atuar com diagnóstico por imagem, ou seja, utiliza a tecnologia das radiações ionizantes para gerar imagens que possam auxiliar no diagnóstico de possíveis doenças. 


A grade curricular de radiologia conta com disciplinas da área de saúde, como anatomia e fisiologia, e matérias mais específicas sobre os diferentes tipos de radiações, física das radiações, matemática, posicionamento radiológico, biologia etc.. Com esses conhecimentos, o profissional graduado estará apto a atuar em diferentes setores.

A área de radiologia atrai estudantes devido a sua proximidade com o campo da saúde. O mercado de trabalho é amplo, mas altamente competitivo devido a quantidade de profissionais que se formam nesta área.

Por conta disso, é importante que o estudante invista em qualificação para além da sua formação inicial, seja por curso de pós-graduação, cursos livres, entre outros. A especialização é um diferencial para quem deseja uma carreira de sucesso. Além disso, o profissional deverá aproveitar as oportunidades que surgirem, buscando formas para se destacar no estágio e no mercado profissional, investindo em simpósios, construindo networking com profissionais atuantes de destaques na área e com estudos em paginas da web que oferece um material rico em conhecimento.

Se estiver na dúvida de qual carreira seguir, contar com uma orientação vocacional pode ajudar! 

Siga o espaço da radiologia,
e fique por dentro de todas as novidades.




.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Angioressonância



ANGIOGRAFIAS SEM CONTRASTE

A angiografia sem contraste na ressonância magnética é um método não invasivo com cada vez

mais aplicabilidade clínica. Neste documento veremos resumidamente as diferentes técnicas, as famílias a que pertencem (PCA, TOF), e as várias possibilidades de ajustes específicos para cada técnica, e situação.

 TÉCNICA TOF (Time of flight)

Esta técnica, chamada também de INFLOW, é possível porque o tecido estacionário é saturado por pulsos de radiofrequência enquanto os prótons que se movem através dos planos de aquisição não sofrem influência deste pulso de saturação. Estas séries devem ser gradientes com valores de TR curtos e altos valores de flip angle.

Durante a aquisição os tecidos estacionários rapidamente perdem intensidade de magnetização

transversa após os pulsos de RF, enquanto os spins não saturados que chegam ao plano de corte através do fluxo sanguíneo no interior dos vasos, possuem maior sinal por não sofrerem tal saturação.

Podemos adquirir uma angiografia TOF utilizando técnicas 2D ou 3D. Vejamos qual a vantagem e desvantagem de cada uma.

 AQUISIÇÃO 2D

Tem como característica maior relação sinal ruído, menor tempo de aquisição porem sofre muitos artefatos em vasos mais longos, sendo ideal para estudos localizados. Para vasos com trajetos mais longos, a técnica mais indicada é a M2D. Neste tipo de aquisição, cada corte é excitado separadamente, com base na técnica FFE. Os maiores benefícios são:

• Oferecer boa regeneração do sangue circulante.

• Oferecer uma boa supressão do fundo das imagens.

• Ser menos sensível a movimentos/deglutição em caso de carótidas. • Permite visualização de fluxo lento (veias) e rápido (artérias)

 OBSERVAÇÃO

No M2D com corte fino e/ou em uma região que tenha alta velocidade de fluxo, o sangue do corte é substituído rapidamente antes do próximo pulso de RF, o que resulta em um aspecto brilhante do sangue em um fundo escuro.

SUGESTÕES

• Adquirir as séries M2D com FLIP ANGLE entre 50 e 70 graus para suprimir o tecido estático.

Quanto mais espesso o corte maior o sinal, menor o tempo de aquisição, e melhor profundidade e visualização de vasos, lembrando que é indicado utilizar uma sobreposição de 25 a 30% da espessura (gap negativo). Isto permite um grande número de cortes sem perda de sinal dos vasos.

• É possível utilizar em estudos com apneia utilizando o recurso manual start.

• Podemos utilizar uma banda de saturação para saturar os vasos que não são de interesse, por exemplo, saturar o sinal das jugulares em um exame de carótidas. Esta banda de supressão deve estar perpendicular ao plano do fluxo, deve ter no mínimo 40 mm de espessura e ser posicionada o mais próximo possível da área de interesse.

 AQUISIÇÃO 3D

A aquisição 3D é a condição ideal para se obter uma alta resolução espacial em uma área de cobertura de tamanho considerável, entretanto possui baixa relação sinal/ruído, porque o sinal dos spins dentro dos vasos ao longo do volume acaba perdendo intensidade nas imagens mais distais, além de uma alta suscetibilidade a artefatos de movimento de deglutição.

A serie 3D TOF hoje é a melhor escolha para exames intracranianos juntamente com carótidas porem podem ocorrer artefatos em substâncias com T1 curto metemoglobina, e tecido adiposo.

SUGESTÕES

• Para corrigir ou controlar os artefatos em tecidos com T1 curto você pode aplicar uma supressão do sinal da gordura, e Transferência de magnetização (MTC).

• O Flip angle deve estar entre 15 e 20 graus (para suprimir o tecido estático). Na inflow 3D se utilizam valores inferiores ao modo M2D para evitar que a saturação de afluência de sangue ocorra com facilidade.

O TE deve ser ajustado para permanecer fora de fase, para que haja uma melhor saturação do fundo.

• Para grandes coberturas nas series 3D TOF é indicado um relativo aumento do Flip Angle, para que os spins que atravessam uma extensão maior recebam pulsos com maior ângulo de flip possível a fim de que mantenham o sinal por mais tempo.

• Preferencialmente utilizar a técnica multi-chunk para alcançar uma alta resolução espacial, cobertura considerável, pois esta técnica divide a aquisição em vários blocos com sobreposição.

• Nas series TOF a intensidade de sinal aumenta em função da velocidade do fluxo. Então para melhorar a visualização do sangue que circula lentamente pode-se utilizar um meio de contraste (Gd-DTPA) que reduz o tempo de relaxação T1 do sangue.

• É importante lembrar que o fluxo turbulento pode causar a impressão de ausência de fluxo ou intensidade de sinal reduzida. Porém as ausências de fluxo também podem originar-se por saturação: quando o sangue permanece mais tempo no sifão carotídeo que no restante da artéria, provocando uma saturação parcial e intensidade de sinal reduzida.

• Podemos utilizar uma banda de saturação para saturar os vasos que não são de interesse, por exemplo, saturar o sinal das jugulares em um exame de carótidas. Esta banda de supressão deve estar perpendicular ao plano do fluxo, deve ter no mínimo 40 mm de espessura e ser posicionada o mais próximo possível da área de interesse.

Imagem da técnica multichunk com cobertura superior a 100 mm sem perda de sinal distal dos vasos.




Angio inflow com SPIR e MTC



Comparação entre técnicas T1 3D convencional com contraste e TOF



TÉCNICA PCA (Phase contrast)

Nesta técnica o sinal dos vasos é adquirido diferenças de fases que os spins acumulam quando se movem no volume de codificação de imagem. São aplicados gradientes opostos em momentos diferentes na direção do fluxo que estamos estudando, assim cada local da imagem recebe e identifica um gradiente diferente da mesma intensidade, sempre iniciando com uma polaridade especifica e depois com polaridade contrária. Em termos mais simples a angio-RM PCA se baseia nas diferenças de fase dos spins circulantes


comparadas com os spins do tecido estático. Se adquire uma sequência sensível ao fluxo e outra com compensação de fluxo através da aplicação de um gradiente bipolar, em seguida o equipamento realiza uma subtração complexa automática das mesmas. Utilizando estes princípios podemos produzir imagens mais sensíveis tanto para fluxos lentos como rápidos.

Esta técnica relativamente simples nos permite avaliar a direção do fluxo com aquisição de contraste de fase, e também circulação colateral secundária a uma estenose. É uma série que leva mais tempo para adquirir em relação ao TOF e possui menos resolução espacial, sendo mais utilizada para venografias.

OBSERVAÇÕES:

O contraste da imagem depende da velocidade do sangue. Com pequenos ajustes de velocidade (PC velocity) podemos direcionar a aquisição para fluxos rápidos ou lentos. Tem como característica também suprimir completamente o tecido estático.

Outra grande vantagem é que os cortes podem ser orientados no sentido do vaso diminuindo a necessidade de grandes quantidades de cortes.

Pode ser utilizada também em 3D e 2D de acordo com a necessidade;

A técnica 2D tem como característica uma rápida aquisição de um único corte, que pode ser

utilizado como localizador, avaliação de diferentes velocidades de fluxo, ou até quantificação, e qualificação de fluxo se adquirida com sincronização (trigger) cardíaca.


Imagem com direcionamento de fluxo.


A técnica 3D pode ser adquirida com múltiplos cortes finos, contíguos ou sobrepostos sendo o mais adequado para cobertura de longos trajetos.


Exemplo de imagem com larga cobertura em plano axial e com MIP reformatado em sagital



Comparação entre técnicas arterial PCA venosa e TOF



Obs. Todos os equipamentos Philips oferecem ótimos protocolos de fábrica já otmizados para bons

resultados tanto para longas coberturas, como para estudos localizados.


Philips.

domingo, 26 de julho de 2020

Radiologia Veterinária

No dia 29 vou participar de um bom bate papo com o profissional de imagem Leonardo Jesus.

O profissional e atuante na área técnica de radiologia veterinária e acadêmico. 
Futuramente teremos um veterinário com bastante experiência na área técnica de radiologia.

Leo irá nos trazer esse cenário dentro da radiologia e o que o estudante de radiologia precisa fazer para atuar neste seguimento.

Vou comentar também o trabalho desenvolvido pelo CERB, projeto de bastante responsabilidade voltado para o ensino.

Confere lá tudo pela plataforma Meet e totalmente gratuíto.


Palestra Tomografia Computadorizada

Palestra de altíssimo nível de conhecimentos técnicos na modalidade de tomografia computadorizada e suas aplicabilidades técnicas.

O profissional Eduardo Vieira e um grande exemplo para mim desde quando comecei essa caminhada árdua, e se hoje venho me moldando e crescendo cada dia dentro desse seguimento e por pessoas como Ele que me inspiro, me lembro de quando estava começando na área, participei de uma entrevista ao qual encontrei com esse profissional aguardando também para ser entrevistado, naquele momento só me trouxe palavras positivas e de tranquilidade.
Vale muito assistir essa palestra de forma online tenho certeza que trará novidades e ensinamentos técnicos de alto nível.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Volumetria Hepática

Hoje aprendemos juntos e dividimos experiências na formação das imagens para o estudo de volumetria hepática guiada pela tomografia computadorizada.

O conhecimento técnico e de suma importância neste ponto, devemos buscar o conhecimento anatômico e os tempos idéias para vascularização desta região. A técnica se detém pela escolha do protocolo com cortes finos de 1,5mm a 2,0mm do abdômen com infusão de contraste na fase hepática, tendo sempre o cuidado para captar a vascularização colateral para que no momento da utilização do software para reconstrução fique com o perfil de imagem correto.
Temos disponíveis no mercado diversos softwares voltados para execução desta técnica alguns gerenciados pelo sistema operacional Windows e IOS, também dispomos de alguns dos próprios fabricantes gerenciados pelas suas workstations.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Pós procesamento em CT

Tópico: Espaço da radiologia - Pós processamento em CT.
Hora: 13 jun 2020 09:30 AM São Paulo

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/86204748013?pwd=TjV0NFpQU0c1bkh6Z0xBZVpSNkp5UT09