quarta-feira, 31 de agosto de 2011

RQC

HUPE - FINAL DO CURSO DE TC - AGOSTO DE 2011

 
















 Agradeço aos meus alunos por mais essa etapa, por ter dividido novas informações e experiências comigo, vocês podem contar comigo para sempre que possível esta acrescentando algo em nossa profissão, agradeço também ao meu amigo Emanuel Lopes por ter me acompanhado nessa caminhada ainda mais no momento mais importante da minha vida que foi o nascimento da minha filha obrigado a todos e espero cruzar com vocês agora em uma mesa de comando aplicando todas as informações que lhe foram passadas.


Acho que para encontrar as verdades, você deve primeiro descobrir as mentiras.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

AVC

O acidente vascular cerebral (acrônimo: AVC), ou acidente vascular encefálico (acrônimo: AVE), vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares, principalmente em camadas sociais mais pobres e entre os mais idosos. É o problema neurológico mais comum em algumas partes do mundo gerando um dos mais elevados custos para as previdências sociais dos países.
Dentre os principais fatores de risco para AVC estão: a idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta), tabagismo, diabetes, colesterol elevado, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio, estenose da válvula atrioventricular e fibrilação atrial.
Os acidentes vasculares do cérebro podem ser basicamente decorrentes da obstrução de uma artéria que irriga o cérebro (ou seja, por isquemia) ou podem ser por vazamento de sangue de um vaso sanguíneo (ou seja, hemorrágico). Cabe ressaltar que o termo "derrame" não é apropriado, visto que em apenas uma parte dos AVCs (na verdade a minoria deles) ocorre um derramamento de sangue no parênquima encefálico.


AVC isquêmico

 


É o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
  • Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
  • Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
  • Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.

Nos primeiros momentos do AVC isquêmico não há morte de tecido cerebral, mas a falta de suprimento sanguíneo provoca a rápida degeneração do tecido cerebral, um tecido metabolicamente muito ativo e que demanda muito oxigênio e glicose para manter seus neurônios vivos. A área central do acidente vascular morre em pouco tempo, pois está praticamente sem nenhum fluxo de sangue. Todavia, existe uma região ao redor do infarto central que possui um fluxo de sangue reduzido, que se mantém viável por mais tempo. A essa área dá-se o nome de penumbra. É na penumbra, uma área parcialmente perfundida, mas ainda viável, que deve-se concentrar os esforços terapêuticos. É por isso também que o tempo do início do ataque vascular cerebral até a reversão da obstrução de sangue é importante na evolução do AVC isquêmico.
O AIT ou ataque isquêmico transitório pode ser considerado um tipo de AVC isquêmico. Corresponde a uma isquemia (entupimento) passageira que não chega a constituir uma lesão neurológica definitiva e não deixa sequela. Ou seja, é um episódio súbito de deficit sanguíneo em uma região do cérebro com manifestações neurológicas que se revertem em minutos ou em até 24 horas sem deixar sequelas (se deixar sequelas por mais de 24 horas, passa a se chamar acidente isquêmico vascular por definição). Constitui um fator de risco muito importante, visto que uma elevada porcentagem dos pacientes com AIT apresentam um AVC nos dias subsequentes. É possível que a definição de AIT venha a sofrer alterações, pois com exames mais acurados já é possível identificar lesões/sequelas cerebrais antes imperceptíveis em alguns AITs e, além disso, estudos clínicos mostram que a maioria dos AITs dura menos de 1 hora. Assim, o AIT que dura mais de uma hora provavelmente será um AVC e talvez possa provocar uma lesão cerebral, mesmo que imperceptível.



AVC hemorrágico

 


É o acidente vascular cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral. Pode ser divido em dois tipos, O sangramento intraparênquimatoso ou a hemorragia subaracnóidea:
  • O sangramento intraparênquimatoso ocorre por ruptura dos aneurismas de Charcot-Burchard, pequenas formações saculares das artérias cerebrais na transição da substância branca com o córtex cerebral que se formam pela hipertensão arterial descontrolada ou não tratada.
  • A hemorragia subaracnóide ocorre por sangramento de aneurismas cerebrais(defeito ou formações saculares das artérias) no espaço licórico ou subaracnóideo. Eles tem provavelmente origem congênita.

Diagnóstico



O diagnóstico do AVC é clínico, ou seja, é feito pela história e exame físico do paciente. Perda ou dificuldade súbita do movimento dos membros de um mesmo lado do corpo sugere fortemente AVC. Outros sintomas menos específicos, como queda do estado geral e coma, também levantam a chance de AVC. É boa prática que a hipótese seja confirmada por um exame de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que permitem ao médico identificar a área do cérebro afetada e o tipo de AVC.

Adicionar legenda


A tomografia pode ser o exame inicial de escolha por sua disponibilidade e rapidez. Serve principalmente para diferenciar o AVC por entupimento/isquemia do hemorrágico, o que muda radicalmente a conduta médica. Uma tomografia normal dentro das primeiras 24 horas de um AVC isquêmico é algo esperado e confirma o diagnóstico, pois a maioria dos ataques isquêmicos não provoca lesões visíveis tão precoces nesse exame. Apenas lesões extensas ou mais antigas podem ser vistas na tomografia no AVC isquêmico ou, ainda, sinais indiretos de AVC como edema cerebral. Já o AVC hemorrágico costuma vir com imagem na tomografia indicando vazamento de sangue. Pode-se, ainda que menos comum, usar mão da retirada por punção lombar do líquor para o diagnóstico de AVC hemorrágico com tomografia normal.

Embora mais precisa que a tomografia, a ressonância magnética não costuma mudar a conduta médica e pode ainda atrasar o tratamento correto, o que pode ter impacto na recuperação do paciente. Contudo, é uma opção que pode ser útil em casos selecionados.
A agilidade no diagnóstico permite iniciar rapidamente o tratamento.A precisão determina a terapia correta a ser adotada.



 

 
"Suba o Primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada Apenas de o primeiro passo".

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

1º CURSO DE TOMOGRAFIA DO INCA

... Em aula

Eu fui convidado para ministrar o primeiro curso de Tomografia  do Inca. 


Uma honra.


Obrigado!!!




Explicando...

ORAÇÃO DO TÉCNICO OU TECNÓLOGO DE RADIOLOGIA

Oração do Técnico de Raio X: -Raio X nosso que estais na ampola; -Não prejudicais muito minha saúde; -Venha a nós com pouca radiação; -Seja feita uma boa imagem; -Assim na tomografia, mamografia e diversos meios de imagens; -Os raios x de cada dia façam aumentar o nosso abono; -Perdoe por eu não usar Dosímetro; -Assim como nós perdoamos os plantões de fim de semana; -Não deixeis cair em tentação; -Livrais-nos da radiação, das infecções hospitalares e de todo mal. Amém!!

CONTRASTES DISPONÍVEIS

Baritados        

Bariogel ®(sulfato de bário)
Micropaq scanner ® (sulfato de bário)
Gadolínio
Magnevistan ® (Gadopentato de meglumina)
Iodados
Iônico e não-iônico

GADOLÍNIO


CONTRASTES IODADOS DISPONÍVEIS

Monômero iônico:
Telebrix® (Ioxitamalato de meglumina)
Monômero não iônico:                
Iopamiron® (Iopamidol)

ESTRUTURA BÁSICA DOS CONTRASTES IODADOS

Anel benzênico
Átomos de iodo agregados
Grupamentos complementares

IÔNICO X NÃO IÔNICO

Iônico = Dissocia em solução
Grupo ácido substituído por cátion (Na+ ou meglumina)
Não-Iônico = Não dissocia em solução
Grupo ácido substituído por aminas portadoras de grupo hidroxíla.
Ipamiron

INCIDÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS AOS MEIOS DE CONTRASTE IODADO

TIPOS DE CONTRASTE - RA TOTAL - RA GRAVE
  • IÔNICO                           5 - 12%           0,22%
  • NÃO IÔNICO                 1 - 2%             0,04%
REAÇÕES ADVERSAS
Qualquer agente, em qualquer dose ou via de administração pode resultar em evento adverso.
A maioria das reações é leve ou moderada.
Reações severas podem começar como leves.
A previsão acurada não é possível, mas existem fatores que aumentam o risco.

REAÇÕES FATAIS AOS CONTRASTES IODADOS

A incidência precisa é desconhecida
Em estudos retrospectivos variam de 1 em 15.000 exames e 1 em 150.000 exames.
Podem ocorrer mesmo em pacientes que já receberam contraste sem reação adversa.

CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS
Etiologia
Tempo Decorrido após a Injeção do Contraste

MECANISMO ETIOLÓGICO
  1. Idiossincráticas = Anafilactóides
  2. Não Idiossincráticas
    1. Órgão específicas
    2. Vagais
IDIOSSINCRÁTICAS:
Anafilactóides = Anafilaxia:
            Urticária
            Angioedema
            Edema laríngeo
            Broncoespasmo
            Hipotensão com taquicardia
URTICÁRIA
GRAU DE SEVERIDADE
Leves:
Náuseas/Vômitos - Calor - Rubor - Dor local
Urticária Limitada - Tosse - Espirros - Congestão Nasal
Cefaléia Leve - Tremores
Moderadas:
Vômitos Intensos - Urticária extensa - Edema Facial
Broncoespasmo - Laringoespasmo - Dor Abdominal e Torácica
Cefaléia Intensa - Hipertensão - Hipotensão
Graves:
Edema de Glote - Inconsciência - Convulsões Arritmias
Colapso Vascular - Parada - Edema agudo de pulmão

NÃO IDIOSSINCRÁTICA ÓRGÃO ESPECÍFICAS:
SNC
cefaléia, confusão mental, convulsão, perda da conciência e diminuição da visão.
Coração
hipotensão, Alterações do ritmo (assistolia, FV e TV), atividade elétrica sem pulso, ICC aguda.
Sistema Respiratório
broncoespasmo, edema laríngeo, edema pulmonar

NÃO IDIOSSINCRÁTICA ÓRGÃO ESPECÍFICAS:
Trato Gastrointestinal
náusea, vômito, diarréia, dor abdominal
Glândulas salivares e Pâncreas
edema
RIM
oligúria, hipertensão, IR

INSUFICIÊNCIA RENAL INDUZIDA PELO CONTRASTE IODADO:
Incidência:
sem doença renal = 8%
com doença renal prévia (Cr. >1,5) = 12 a 17%
diabéticos com alt. da função renal = 50%
Prognóstico:
transitória
1 a 10% requer diálise
retorno a linha de base em 10 dias

INSUFICIÊNCIA RENAL E GD:
Em junho 2006 o FDA alerta sobre o GD e a Fibrose Sistêmica Nefrogênica
FNS = espessamento da pele, contratura articular e fibrose pulmonar e cardíaca


NÃO IDIOSSINCRÁTICA VASOMOTORAS (VAGAIS)
Causa desconhecida, mas relacionadas a ansiedade e medo.
Sudorese, palidez, apreensão, confusão mental, perda de consciência, náusea, vômitos e liberação de esfincteriana.
Em geral leves, mas se não tratadas existe a possibilidade de evoluir para a parada.

TEMPO DECORRIDO APÓS A ADMINISTRAÇÃO DO CONTRASTE:
Agudas ou Imediatas:
são a maioria e ocorrem em 5 a 20 minutos
70% ocorrem durante a injeção ou 5 minutos após
Tardias:
a partir de 1 hora
incidência 2 – 5%
a maioria é leve, cutânea e com não iônicos
SELEÇÃO DOS PACIENTES DE RISCO AUMENTADO (CBR)
Hipersensibilidade ao agente iodado  (tb gadolínio)
Relato de alergia moderada ou severa
Asma
Cardiopatia
Insuficiência renal e nefropatia diabética
Desidratação
Idade avançada
Ansiedade (medo)

AMAMENTAÇÃO:
CBR = descontinuar contrastes por 24 hs
- 1% do adm é excretado no leite materno
- 1% do ingerido pelo RN é absorvido
dose esperada no RN é 0.01% do adm.
Gd. = 0.0004% é absorvido pelo RN

As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam e quando não as encontram, as criam. A vida é feita de escolha e muitas vezes trata-se de uma escolha de atitude.

Muito Obrigado!!!

Leonardo Flor

 
 

 
 
 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CBR 2011

NOVA TÉCNICA EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA


Arterial spin labeling (ASL) é uma técnica de ressonância magnética (RM) recentemente desenvolvida que avalia o fluxo sanguíneo cerebral (FSC)(1,2). Poucos centros têm utilizado a ASL clinicamente ou como ferramenta investigativa, apesar de ser uma técnica já validada e útil na avaliação de um número crescente de doenças e condições. Como qualquer técnica recém-estabelecida, a ASL apresenta algumas limitações que necessitam ser superadas a fim de ser mais amplamente utilizada e tornar-se parte da rotina diária do especialista em neuroimagem.

O pós-processamento off-line é provavelmente o fator limitante mais importante. A baixa relação sinal/ruído (RSR) é outro problema inerente à  técnica. O tempo de trânsito (mean transit time) ainda não pode ser avaliado empregando-se as técnicas de ASL clinicamente disponíveis. Artefatos de suscetibilidade magnética gerados por produtos da degradação da hemoglobina, deposição de metais ou cálcio e por materiais cirúrgicos, assim como os que ocorrem nas áreas de interface com as cavidades aéreas (seios paranasais e células da mastoide), podem potencialmente degradar a qualidade das imagens de ASL.

Além da ASL, atualmente existem múltiplas maneiras de se estudar o FSC, incluindo tomografia por emissão de pósitrons (PET), perfusão por tomografia computadorizada (TC), perfusão por RM (suceptibility weighted imaging ou bolus tracking), SPECT cerebral e TC com xenônio. A principal vantagem da técnica ASL é a não necessidade de injeção intravenosa de agente de contraste. A ASL é um método independente de gadolínio, dispensando desta maneira um aparato de injeção de contraste. Além disso, a ASL fornece a medida do fluxo sanguíneo absoluto (diferentemente do volume relativo de fluxo sanguíneo fornecido pelos métodos de RM baseados em gadolínio). Uma outra grande vantagem é que a ASL pode ser repetida múltiplas vezes sem risco de fibrose sistêmica nefrogênica, particularmente em pacientes com insuficiência renal importante.


 
Mapa JPEG de um estudo por arterial spin labeling normal em um paciente de 30 anos de idade, com gráfico de cores representando unidades de ml/100 g de tecido/min. Arterial spin labeling é um método não invasivo e sem contraste (gadolínio) que mede quantitativamente o fluxo sanguíneo cerebral. A diferença no fluxo cerebral entre as substâncias cinzenta e branca é prontamente visualizada.




 

Arterial spin labeling (ASL) é uma técnica de ressonância magnética (RM) recentemente desenvolvida que avalia o fluxo sanguíneo cerebral (FSC) (1,2). Poucos centros têm utilizado a ASL clinicamente ou como ferramenta investigativa, apesar de ser uma técnica já validada e útil na avaliação de um número crescente de doenças e condições. Como qualquer técnica recém-estabelecida, a ASL apresenta algumas limitações que necessitam ser superadas a fim de ser mais amplamente utilizada e tornar-se parte da rotina diária do especialista em neuroimagem.
O pós-processamento off-line é provavelmente o fator limitante mais importante. A baixa relação sinal/ruído (RSR) é outro problema inerente à  técnica. O tempo de trânsito (mean transit time) ainda não pode ser avaliado empregando-se as técnicas de ASL clinicamente disponíveis. Artefatos de suscetibilidade magnética gerados por produtos da degradação da hemoglobina, deposição de metais ou cálcio e por materiais cirúrgicos, assim como os que ocorrem nas áreas de interface com as cavidades aéreas (seios paranasais e células da mastoide), podem potencialmente degradar a qualidade das imagens de ASL.
Além da ASL, atualmente existem múltiplas maneiras de se estudar o FSC, incluindo tomografia por emissão de pósitrons (PET), perfusão por tomografia computadorizada (TC), perfusão por RM (suceptibility weighted imaging ou bolus tracking), SPECT cerebral e TC com xenônio. A principal vantagem da técnica ASL é a não necessidade de injeção intravenosa de agente de contraste. A ASL é um método independente de gadolínio, dispensando desta maneira um aparato de injeção de contraste. Além disso, a ASL fornece a medida do fluxo sanguíneo absoluto (diferentemente do volume relativo de fluxo sanguíneo fornecido pelos métodos de RM baseados em gadolínio). Outra grande vantagem é que a ASL pode ser repetida múltiplas vezes sem risco de fibrose sistêmica nefrogênica, particularmente em pacientes com insuficiência renal importante.

 Na PASL, os pulsos de radiofrequência (RF) utilizados para marcar os spins são únicos e curtos (2 a 5 milissegundos) com uma área de marcação mais ampla, próxima ao plano de imagem. A técnica PASL apresenta a vantagem de ter maior eficiência na marcação, menor deposição de potência e melhor tempo de trânsito dos spins marcados no percurso da área de marcação ao plano de imagem. As principais dificuldades da técnica PASL são a baixa RSR e a maior demora no trânsito.
Na técnica CASL, os pulsos de RF são mais longos (1 a 2 segundos) e a área de marcação é mais estreita, com localização adjacente ao plano de imagem. Nessa técnica, os spins são continuamente marcados enquanto passam pela área de marcação. Isto resulta em maior RSR do que na técnica PASL, mas com maior deposição de potência de RF. Menor eficiência de marcação e necessidade de um hardware para transmissão contínua de RF são os principais pontos fracos da técnica CASL.
A PCASL foi desenvolvida para apresentar alta eficiência de marcação, como a CASL, mas com menor deposição de potência de RF. Em comparação com a CASL, essa técnica apresenta um bom trade-off entre deposição de potência e RSR. A PCASL apresenta maior RSR que a PASL, maior potência de marcação que a CASL, mas atualmente apresenta a desvantagem de ser clinicamente menos disponível.
A técnica VSASL tem a capacidade de medir o baixo fluxo. Em comparação com as técnicas PASL, CASL e PCASL, que marcam os spins em um local específico, essa técnica marca todos os spins que estão entrando mais rápido do que um limiar específico. As desvantagens são menor RSR e dificuldades na determinação da velocidade específica de codificação.
Muitos processos patológicos têm sido estudados com ASL. Basicamente, dois padrões de perfusão podem ser observados: hipo e hiperperfusão, que podem ser focais ou difusos. Processos que demonstram perfusão focalmente reduzida são: áreas de isquemia (core isquêmico) e zona de penumbra, doença cerebrovascular oclusiva crônica, doença microvascular isquêmica crônica, encefalomalácia, hematoma, infecção, malformação arteriovenosa cerebral (fenômeno do roubo), encefalopatia posterior reversível (na fase tardia) e estados pósictais. Redução difusa de perfusão pode ser observada em casos de morte cerebral, baixo débito cardíaco, atrofia cerebral senil, vasculite, vasoespasmo cerebral assim como na presença de agentes exógenos (cafeína).
Hiperperfusão focal pode ser observada em condições tais como perfusão luxuriante, encefalopatia posterior reversível (na fase aguda), reperfusão em áreas isquêmicas, status epilepticus e em alguns casos de malformações vasculares (incluindo anomalias venosas de desenvolvimento). Estados de aumento perfusional difuso podem ser vistos em indivíduos jovens saudáveis, hiperperfusão cerebral global complicando acidente vascular cerebral embólico, pós-endarterectomia de carótida associada a síndrome de hiperperfusão, trauma cerebral e na presença de hipercapnia. Tumores cerebrais podem demonstrar tanto padrões de hipoperfusão como de hiperperfusão.
Em resumo, a ASL é uma técnica promissora e em evolução que pode ser usada para medir o FSC. Este método de perfusão por RM livre de gadolínio apresenta diversas vantagens, incluindo a não necessidade de injeção de contraste e a capacidade de medir o FSC absoluto. A ausência de risco de FSN, a não invasividade do método e a possibilidade de se repetir o estudo múltiplas vezes se necessário, certamente exercerão um papel importante na popularização dessa técnica.
Atualmente, existem quatro principais técnicas de aquisição de imagens por ASL: ASL pulsada (PASL), ASL contínua (CASL), ASL pseudocontínua (PCASL) e ASL de velocidade seletiva (VSASL). Na aquisição de imagens de ASL, os prótons (spins) do sangue arterial são marcados (ou rotulados) antes de entrar na região a ser investigada. A extensão do parênquima a ser estudado e o local onde os spins são marcados podem variar com os diferentes métodos. As imagens são adquiridas em duas fases: a fase inicial pré-marcação (controle) e a fase pós-marcação, com o espaço de tempo que se segue à  marcação, conhecido como "retardo pós-marcação". O sinal é obtido subtraindo-se a imagem controle da imagem pós-marcação. A diferença no sinal resultante é pequena e dependente do débito cardíaco, do tempo de percurso dos spins marcados até chegarem à  área a ser investigada, e da velocidade do fluxo. Para compensar a baixa RSR, múltiplos conjuntos de imagens pré- e pós marcação são normalmente adquiridos para se assegurar um sinal de perfusão suficiente.


Na PASL, os pulsos de radiofrequência (RF) utilizados para marcar os spins são únicos e curtos (2 a 5 milissegundos) com uma área de marcação mais ampla, próxima ao plano de imagem. A técnica PASL apresenta a vantagem de ter maior eficiência na marcação, menor deposição de potência e melhor tempo de trânsito dos spins marcados no percurso da área de marcação ao plano de imagem. As principais dificuldades da técnica PASL são a baixa RSR e a maior demora no trânsito.

Na técnica CASL, os pulsos de RF são mais longos (1 a 2 segundos) e a área de marcação é mais estreita, com localização adjacente ao plano de imagem. Nessa técnica, os spins são continuamente marcados enquanto passam pela área de marcação. Isto resulta em maior RSR do que na técnica PASL, mas com maior deposição de potência de RF. Menor eficiência de marcação e necessidade de um hardware para transmissão contínua de RF são os principais pontos fracos da técnica CASL.

A PCASL foi desenvolvida para apresentar alta eficiência de marcação, como a CASL, mas com menor deposição de potência de RF. Em comparação com a CASL, essa técnica apresenta um bom trade-off entre deposição de potência e RSR. A PCASL apresenta maior RSR que a PASL, maior potência de marcação que a CASL, mas atualmente apresenta a desvantagem de ser clinicamente menos disponível.

A técnica VSASL tem a capacidade de medir o baixo fluxo. Em comparação com as técnicas PASL, CASL e PCASL, que marcam os spins em um local específico, essa técnica marca todos os spins que estão entrando mais rápido do que um limiar específico. As desvantagens são menor RSR e dificuldades na determinação da velocidade específica de codificação.

Muitos processos patológicos têm sido estudados com ASL. Basicamente, dois padrões de perfusão podem ser observados: hipo e hiperperfusão, que podem ser focais ou difusos. Processos que demonstram perfusão focalmente reduzida são: áreas de isquemia (core isquêmico) e zona de penumbra, doença cerebrovascular oclusiva crônica, doença microvascular isquêmica crônica, encefalomalácia, hematoma, infecção, malformação arteriovenosa cerebral (fenômeno do roubo), encefalopatia posterior reversível (na fase tardia) e estados pósictais. Redução difusa de perfusão pode ser observada em casos de morte cerebral, baixo débito cardíaco, atrofia cerebral senil, vasculite, vasoespasmo cerebral assim como na presença de agentes exógenos (cafeína).

Hiperperfusão focal pode ser observada em condições tais como perfusão luxuriante, encefalopatia posterior reversível (na fase aguda), reperfusão em áreas isquêmicas, status epilepticus e em alguns casos de malformações vasculares (incluindo anomalias venosas de desenvolvimento). Estados de aumento perfusional difuso podem ser vistos em indivíduos jovens saudáveis, hiperperfusão cerebral global complicando acidente vascular cerebral embólico, pós-endarterectomia de carótida associada a síndrome de hiperperfusão, trauma cerebral e na presença de hipercapnia. Tumores cerebrais podem demonstrar tanto padrões de hipoperfusão como de hiperperfusão.

Em resumo, a ASL é uma técnica promissora e em evolução que pode ser usada para medir o FSC. Este método de perfusão por RM livre de gadolínio apresenta diversas vantagens, incluindo a não necessidade de injeção de contraste e a capacidade de medir o FSC absoluto. A ausência de risco de FSN, a não invasividade do método e a possibilidade de se repetir o estudo múltiplas vezes se necessário, certamente exercerão um papel importante na popularização dessa técnica.