“Iniciando na RM: Fundamentos e Prioridades para Tecnólogos em Radiologia”
Fundamentos físicos da RM
Antes de tudo, compreenda como o sinal de RM é gerado e quais fatores interferem na qualidade da imagem.
Estude:
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Conceito de spin e ressonância (interação entre próton e campo magnético);
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Tempo de repetição (TR) e tempo de eco (TE) — e como eles determinam o tipo de contraste;
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Sequências básicas: Spin Echo (SE), Fast Spin Echo (FSE/TSE), Gradient Echo (GRE), Inversion Recovery (IR);
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Diferença entre sequências ponderadas em T1, T2, PD e STIR/FAT SAT.
Conhecimento do equipamento
Como operador, você precisa dominar o sistema antes de qualquer coisa:
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Entenda o painel de controle e o software de aquisição do seu equipamento;
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Aprenda a realizar localizadores (scout/locator) corretamente;
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Treine posicionamento do paciente e centragem do magneto;
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Saiba identificar e corrigir artefatos (movimento, suscetibilidade, ghosting, aliasing, etc.);
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Reconheça limitações do campo de visão (FOV), matriz, espessura de corte e NEX.
Segurança em RM (essencial)
A segurança é prioridade absoluta:
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Conheça as zonas de segurança (I a IV);
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Identifique materiais ferromagnéticos e dispositivos compatíveis (MR Safe, MR Conditional, MR Unsafe);
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Procedimentos em casos de emergência (quench, parada cardiorrespiratória);
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Cuidados com pacientes portadores de marcapasso, próteses, clipes e stents;
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Uso de fones, protetores auriculares e comunicação constante com o paciente.
Anatomia por imagem
Interprete a anatomia nos três planos (axial, coronal e sagital):
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Comece com encéfalo e coluna, que são os exames mais comuns no início;
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Identifique estruturas principais e saiba correlacionar com as sequências (ex: substância branca aparece diferente em T1 e T2);
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Depois, amplie para joelho, abdome, pelve e mama.
Contraste paramagnético
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Entenda o gadolínio: mecanismo de ação, indicações, contraindicações e riscos (como a fibrose sistêmica nefrogênica);
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Regras de injeção, volume e velocidade, bem como cuidados com nefropatas.
Protocolo e rotina
Com o tempo, comece a dominar:
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Protocolos padronizados (cérebro, coluna, joelho, abdome, mama, próstata, etc.);
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Planejamento de cortes em cada plano;
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Ajuste fino de parâmetros conforme biotipo e patologia.
Relacionamento e trabalho em equipe
A RM exige sincronia com:
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Médico radiologista (para ajustar protocolos conforme suspeita clínica);
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Enfermagem (para preparo de pacientes e contraste);
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Manutenção técnica (para calibragem e qualidade do sistema).
Atualização contínua
Invista em:
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Cursos e workshops específicos de RM;
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Leitura de manuais do fabricante e protocolos institucionais;
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Acompanhamento de fóruns e páginas técnicas (como o seu “Espaço da Radiologia” 😉).


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